Ao ouvir a música que há tempos embalou um beijo, uma pessoa começa a
chorar. Outro sente os pêlos do braço arrepiar ao som de um solo do
Jimmy Page. Alguém tatua nas costas uma enorme clave de sol, enquanto o
seu amigo escuta em seu MP3 versos de Vinicius de Moraes e venera a
bossa nova. Na região Norte da cidade, um adolescente descobre a música
Paranoid do Black Sabbath ao mesmo tempo em que uma menina se imagina ao
lado da Amy Winehouse. No centro de um bar, um garoto tenta imitar a
voz rouca de Tom Waits, mas o público quer mesmo ouvir o novo sucesso
pop do Panic At The Disco, tirando o moço sentado no sofá do local, com
dreads no cabelo e na camiseta a dica de sua admiração: Peter Tosh e Bob
Marley. O que essas pessoas têm em comum? Todas são influenciadas, de
certa forma, pelo poder da música.Esses aspectos causados pela música geram nas pessoas um nivelamento de
impressões, opiniões e gostos, o que se reflete na maneira como elas
direcionam o seu comportamento perante a sociedade. Quando isso ocorre,
a música começa a adquirir uma importância significativa na vida de
qualquer um, contribuindo para a formação da personalidade e dos gostos
estéticos.
O poeta Mário Quintana dizia que um bom poema é aquele que nos dá a
impressão de que está lendo a gente, e não a gente a ele. Isso também
pode ser percebido na música. A pessoa só vai deixar que a música a
conduza se, em sua letra ou melodia, estiverem presentes elementos
capazes de gerar emoções. A música é emoção, salienta o professor
Alexandre, citando como exemplo o hip hop, gênero que retrata em suas
letras a realidade de certas classes sociais. As vivências pelas quais
muitos jovens passam compõem as letras desse estilo, que rima a exclusão
social, a brutalidade policial, o racismo, as drogas e o desemprego.
Fonte - http://www.fadep.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário